Que as EMPRESAS MORREM (falência) POR FALTA DE CAIXA (e não por falta de resultados => RENTABILIDADE) e que O CAIXA É REI (!), achamos que ninguém mais tem dúvida ou duvida!
Ainda assim a discussão da falta de capacidade de pagamento dos JUROS da DÍVIDA continuam permeando os noticiários, como se CAUSA dos problemas o fossem. Ledo engano de entendimento e de conceito ... !
Vamos ao pretinho básico da contabilidade e da gestão financeira, e vejamos se conseguimos esclarecemos as AN(i)TAs de plantão (é difícil convencer AN(i)TA, por definição)!
JUROS ou DESPESA FINANCEIRA advinda do custo do endividamento impacta diretamente o DRE (linha despesa financeira) e por consequência reduz o LUCRO ou aumenta o PREJUÍZO (medidas de rentabilidade de uma empresa) no exercício contábil em consideração. De forma indireta também afeta o BALANÇO da empresa na linha do PL (PATRIMÔNIO LÍQUIDO) em consequência da redução do LUCRO RETIDO ou aumento do PREJUÍZO do exercício fiscal (ambas variáveis diretamente impactadas pela incidência do custo com os JUROS da DÍVIDA na linha DESP FIN)!
O pagamento dos JUROS em si impacta em menor escala o Caixa (DFC) no momento do desembolso de Caixa (para o pagamento da parcela relativa aos JUROS da DÍVIDA), sendo que o maior e mais relevante impacto do elevado endividamento de uma empresa no FLUXO DE CAIXA (DFC) refere-se ao pagamento da parcela do PRINCIPAL DA DÍVIDA (os JUROS são apenas uma pequena fração desse desembolso de Caixa)!
O pagamento do PRINCIPAL da DÍVIDA pode ocorrer em parcela única (bullet) ou em múltiplas parcelas (PMT = Payments) a depender do cronograma do endividamento contratado.
O pagamento do PRINCIPAL (PMT) impacta frontal e fortemente o FLUXO DE CAIXA (DFX). Inversamente, o pagamento da parcela do PRINCIPAL em nada impacta o DRE, mas afeta em menor proporção o BALANÇO ao diminuir o CAIXA ou EQUIVALENTES (do Ativo) e o ENDIVIDAMENTO DE CURTO/LONGO PRAZO (do Passivo) no BALANÇO!
Ou seja, podemos dizer que a priori o pagamento dos JUROS DA DÍVIDA impacta PRIORITARIAMENTE o indicador da RENTABILIDADE no demonstrativo de resultados do exercício (DRE).
Ao mesmo tempo podemos dizer que pagamento do PRINCIPAL DA DÍVIDA (em geral acompanhado em proporção muito inferior ao JUROS da dívida) impacta PRIORITARIAMENTE o indicador da DISPONIBILIDADE DE CAIXA no demonstrativo de fluxo de caixa (DFC).
Ambos afetam o BALANÇO DA EMPRESA, vertedouro final da contabilização dos movimentos contábeis advindos dos resultados empresariais (DRE) em junção às atividades de investimento e financeiras do negócio!
Fica evidente que o JUROS é a menor parcela do conjunto [PRINCIPAL + JUROS], logo, deveria ser claro a todos que a parcela da dívida que FERE DE MORTE o Caixa de uma empresa é o pagamento do PRINCIPAL da DÍVIDA (e não o pgto do JUROS da DÍVIDA)!
Deveria ficar evidente que a ALAVANCAGEM FINANCEIRA (DEBT/EBITDA) é o principal indicador, dada a relação CAUSAL, do problema de dificuldade de Caixa das empresas. Portanto, deveria ser monitorado com lupa pois será a incapacidade de pagamento (EBITDA, assumindo que representa uma razoável proxi da geração de caixa operacional) da DÍVIDA contraída (PRINCIPAL + JUROS) o principal motivo do risco de continuidade de qualquer empreendimento, em qualquer setor da economia!
Não ficou claro?
Vejamos então com um exemplo mais claro e transparente do que vidro limpo!
Imagine que você tenha financiado um carro ou um imóvel em "n" parcelas, que você esteja com muito pouco dinheiro (saldo em caixa + investimentos e equivalentes) e que o pagamento da próxima parcela seja amanhã!!!
Entenda que o que provavelmente colocá-lo-a na forca (DEFAULT de PGTO) será a dificuldade de honrar o pagamento da parcela do PRINCIPAL DA DÍVIDA e não da parcela do JUROS DA DÍVIDA (caso você pudesse pagar o JUROS e rolar o PRINCIPAL)!
O pagamento da parcela do JUROS reduz a sua rentabilidade (ganho) mensal, ao passo que é a falta no pagamento da parcela do PRINCIPAL da dívida (pela insuficiência de caixa para tal) que levá-lo-a para o Serasa. No caso das empresas para a RJ ou falência!
Por favor, vamos parar de falar que o problema das empresas (Caixa é vida) é o pagamento dos JUROS da dívida, quando na realidade o problema reside no pagamento do endividamento (sendo o PRINCIPAL DA DÍVIDA a quase totalidade do problema) dada a incapacidade do negócio de fazer frente a tal, consequência da situação periclitante de caixa (falta de disponibilidade de recursos financeiros no Caixa) por incapacidade de geração de caixa operacional do negócio!
Que artigo mais fraquinho e sem fundamento financeiro por parte dos ahaaatores nele presentes e "escreventes" ...
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