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ESCANDALOS EMPRESARIAIS: REMUNERAÇÃO é a vilã da história?

Foto do escritor: Max MustrangiMax Mustrangi

"Diga-me como sou medido" (metas definidas para a minha remuneração variável = bônus) que eu "entrego o que você desenhou" (certo ou errado, afinal foi você mesmo quem definiu)!

Uma das maiores falhas que temos visto e convivido nas últimas décadas, do ponto de vista de (des)incentivo da performance na gestão empresarial, é o uso indiscriminado do indicador EBITDA como métrica de desempenho (incompleto) de gestão e de medição da performance financeira! Um erro crasso por parte de quem não entende de finança empresarial (na prática) ou tem apenas o M&A/Valuation (venda) em mente (os Venture Capitals e Private Equities da vida ...)!


Esquecem, pois pois ... , que o EBITDA é uma métrica de "meio" e não de "fim"! Uma proxi desqualificada da geração do fluxo de caixa, pois considera apenas o driver OPERACIONAL, uma das 3 componentes do DFC (Demonstrativo do Fluxo de Caixa de qualquer empresa)!


Lembrando, que a diferença entre os 2 demonstrativos DRE (resultados) e DFC (fluxo de caixa) é definida como a forma como ele é registrado pela contabilidade.

A Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) registra o regime de competência. Ou seja, todos os valores e números referentes a receitas e rendimentos, custos, despesas, encargos e perdas independente do tipo de moeda, que foram negociadas.


Ambos, DRE e DFC são elaborados em conjunto com o balanço patrimonial da empresa, sintetizando as operações financeiras em um determinado espaço de tempo. O resultado líquido apresentado pode representar lucro ou perdas financeiras.


No DFC são registradas todas as entradas e saídas de recursos, gerando com isso, o real valor que a organização tem em caixa ("no regime temporal" de vencimento dos eventos e não do regime de competência).


O termo se refere aos recursos que a empresa mantém em caixa. Assim o gestor sabe com certeza como anda a saúde financeira do seu empreendimento. Ou seja, é um instrumento de gestão financeira que indica qual o saldo que a empresa dispõe para manter seus custos por um período projetado. Também serve para o gestor se antecipar a possíveis sobras ou falta de recursos. E é exatamente essa informação que os investidores procuram.


O DFC apresenta 3 drivers de processo, sendo eles a geração/consumo de caixa proveniente da atividade Operacional (Business), da atividade Financeira (parte Business na sua quase totalidade segundo o nosso ponto de vista prático - explicaremos em outro coice cast) e da atividade de Investimentos (Estratégia, M&A e Projetos Futuros - grandes Capex na sua quase totalidade).


Tudo isso apenas para mostrar que o EBITDA presente no DRE contempla apenas o fluxo de caixa do driver Geração/Consumo de Caixa Operacional, sendo por isso mesmo uma PROXI totalmente incompleta da real geração/consumo de caixa de uma empresa, e que de toda forma não mede o desempenho e a performance financeira empresarial e dos negócios como um todo!


Para facilitar o entendimento usaremos um caso do dia a dia!


Você Pessoa Física (PF) avalia a performance dos seus investimentos pessoais apenas pela diferença do saldo inicial investido menos o final (líquido de impostos), ou compara o % do rendimento líquido de impostos contra a inflação, CDI ou outro indicador do mercado de capitais para averiguar a relatividade e efetividade da performance do seu portfolio?


Com certeza vocês medem contra alguma métrica de expectativa do mundo real, que demonstre que o seu dinheiro teve ganho real contra o que você achava justo (o seu custo, risco ou expectativa de ganho/perda de capital)! Perfeito ...


Por que a mesma lógica não vale para empresas?


O indicador que claramente mede essa performance financeira, do ponto de vista do Equity (acionista/controlador), é o ROE (Return On Invested capital dos investidores e acionistas) que advém da apuração do LUCRO LÍQUIDO/PATRIMÔNIO LÍQUIDO (EQUITY)!


Todo o resto (dívida financeira) é problema dos bancos e dos financiadores terceiros, que já tem o seu ganho embutido na linha de DESP FIN com o ganho dos juros e o retorno do principal ao longo do fluxo de caixa!


Não por menos entendemos que até mesmo o ROIC (Return On Invested Capital) faz uma grande mistura/bagunça ao BUNDLE (empacotar/aglutinar) a leitura do retorno dos investidores proprietários (Equity) com o dos financiadores terceiros (Dívida).


Nós da Excellance "couldn't care less" para o ROIC! Os 3os tem o seu ganho à medida que repagamos os juros acordados e devolvemos o principal via PMTs do fluxo estabelecido. Apenas precisamos garantir o pagamento do que foi acordado, o que afinal não é caro pois foi o acordado!


ROIC para o LIXO ... o que explicaremos em outro Coicecast!


Logo não medir os Executivos pelo LUCRO LÍQUIDO, ROE, EVA (Economic Value Added), VEA (Valor Econômico Agregado) e outros alike é um dos principais erros de desenho dos Sistemas de Incentivo presentes em quase TODAS AS EMPRESAS do mercado!

"Apenas" gerar um EBITDA positivo, que pode representar mesmo assim uma desvalorização do capital investido (dado o risco do negócio), desconsiderando a variável I de Interest (que é consequência de grande parte das decisões de alocação e consumo de capital dos executivos) é uma das grandes falhas de desenho dos sistemas de incentivo que tem levado aos enormes estragos que estamos assistindo no mercado.


Só isso Max?


Claro que não! A falta de sistemas de Avaliação de Performance (com causa e consequência, sem apadrinhamento) baseados em métricas de performance financeira reais (o que acabamos de explicar acima) também é outro fator de falha de gestão no mercado empresarial mundial.


Só isso Max?


Não! A falta de Sistemas de Controle e de Inteligência Financeira (BI) em funções autônomas da gestão in charge é fundamental para que os profissionais responsáveis pela análise, medição e controle de potenciais desvios e anomalias possam exercer a sua função "sem carteirada dos perpetradores dos crimes de contabilidades criativas e/ou falta de controles de CG"!


Só isso Max?


Claro que não! A lista não termina, mas ter "as pessoas certas no local certo" (como diria Jim Collins na sua obra prima GOOD TO GREAT) que potencializem Lideranças nível 5 é fundamental para estabelecer o ambiente e contexto para dar o devido Norte a toda e qualquer organização séria!


Não por menos, não temos pena e nem dó junto a executivos, sócios e outros que não entreguem os resultados finais desenhados, evidentemente dentro do conceito do ESG. Nunca se esquecendo que ESG é atividade meio e mandatório (nunca deveria ser medido como atividade fim). ESG é como limpar o fiofó após o #2, é obrigação! Não recompensamos ninguém por fazer o básico! A consequência é do próprio ...


TENDEU?


"SÓ TEMOS COMO AJUDAR QUEM QUER SER AJUDADO! ALGUNS (neg)ACIONITAS PREFEREM SER COMO LATAS ... E UMA VEZ LATA, SEMPRE LATA! OU ACEITA SER RECICLADO, OU PERMANECE SENDO CHUTADO .. até ser cremado 🔥🔥 e reciclado na marra 🔥🔥🔥” - Max Tyson 🥊🪓⚰️🔥 😎


"Você é LIVRE para fazer as suas escolhas, mas é PRISIONEIRO das consequências" 🔥🔥 - Pablo NERUDA 🥶🧿


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